Essa é uma dúvida sempre presente entre profissionais e pacientes que fazem uso regular de toxina botulínica. Mas será que existe chance de passagem da medicação para o bebê através do leite materno?
Estudos científicos recentes mostram que a toxina botulínica aplicada de maneira correta e nas dosagens recomendadas não oferece risco ao bebe pois sabe-se que o leite materno tem a capacidade de neutralizar os efeitos da toxina criando uma barreira e protegendo o bebe.
Além disso, vale ressaltar que a medicação deve ser aplicada dentro do músculo que se deseja bloquear e que ela tem alta afinidade pela junção dos nervos com esses músculos, reduzindo muito a chance de absorção para corrente sanguínea.
Além disso, usando técnicas de ultrassonografia, conseguimos visualizar exatamente onde a medicação está sendo infundida, permitindo que se desvie da proximidade de grandes vasos sanguíneos para reduzir ainda mais a chance de que parte da medicação vá para corrente sanguínea da mãe.
Por fim, se uma pequena quantidade de toxina botulínica ainda for secretada no leite materno, sabemos que ele tem propriedades neutralizadoras, devido a presença de IgA, uma imunoglobulina presente no leite materno e que se loga a uma das cadeias da toxina botulínica impedindo a ligação da mesma às células intestinais e, assim, dificultando sua absorção pelo organismo do bebê.
Por estar convicto que os riscos são mínimos eu mesmo apliquei recentemente na minha esposa e vocês que me seguem aqui sabem que estamos com um bebezinho em casa de 2 meses
Por isso, se é desejo da mãe realizar a aplicação de toxina botulínica nesse período, após uma discussão com o médico responsável e avaliação dos riscos e benefícios pode-se decidir pelo uso da medicação, ficando a critério da mesma escolher o momento ideal para realizar o procedimento!
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